terça-feira, 28 de outubro de 2014

Por que votar em Dilma e não em Aécio


O último domingo 26 de outubro -- data de votação do segundo turno da eleição para escolha do novo presidente da República para os próximos quatro anos --, foi de intensa ansiedade, inquietação e receio de cometer injustiças.
Assim como de costume, acordei cedo, vestir minha melhor roupa, calcei meu melhor sapato, cumprimentei alguns vizinhos e sair para exercer meu dever cívico do dia, votar no 13, Dilma Roussef para continuar.
Durante meu trajeto, muitos me perguntaram: por que votar em Dilma Roussef e não em Aécio Neves? A resposta é simples: assim como a maioria da população voto em Dilma porque sou careta, tenho medo de mudanças, tenho medo do desconhecido.
As últimas 24 horas foram decisivas e decidi votar em Dilma porque revendo a história do Brasil dos últimos 12 anos, percebi que apesar de o PT ter sido o governo mais corrupto da história, reconheço que também houve avanços significativos na economia.
Portanto, contra fatos, não há argumentos. Não há como negar que o Brasil hoje é o país das oportunidades, que temos a melhor independência energética do mundo, a melhor tecnologia nuclear e petroleira da indústria mundial e nem se fala mais em dívida externa.
Nesse ínterim, percebi também que, julgar política morando em uma casa boa, com um carro novo na garagem, com filhos recebendo boa educação na rede privada, com comida farta diariamente na mesa é democrático, porém fácil até demais.
Quem quiser saber a importância do bolsa família, pergunte a uma mãe solteira que mora com os filhos no interior, pergunte também ao pequeno comerciante que vê, a cada 1,00 do bolsa família sendo devolvido para a economia.
Quem quiser saber a importância do ENEM, PROUNI, SISU, FIES e PRONATEC -- programas do Governo Federal --, tão criticados por simpatizantes do PSDB, pergunte a um jovem pobre que durante sua vida inteira ouviu dizer que universidade era coisa para filhos de ricos.
Quem quiser saber o valor do programa Ciência sem Fronteira pergunte ao mercado de trabalho, o que representa para o país cerca de 200 mil jovens brasileiros se formando em universidades internacionais todos os anos e retornando a seu país com o diploma na mão e sonho realizado.
Além disso, mesmo com problemas, as universidades públicas do país ainda são muito melhores que as particulares, basta comparar o desempenho dos estudantes dos cursos de medicina.
O povo precisa entender que democracia se faz com maioria e que o PT, esse partido tão criticado pelas elites teve a  maior votação nos estados do nordeste, no norte e ironicamente em Minas Gerais, estado do candidato adversário Aécio Neves.
Por tudo isso, decidi votar em Dilma 13 e torcer por esse povo que luta diariamente para que brasileiros pobres, negros e estudantes continuem como nos últimos 12 anos tendo vez e voz nesse país elitista e preconceituoso.

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